domingo, 17 de junho de 2012

Psicodrama


O Psicodrama é um método desenvolvido no início do século XX pelo médico Jacob Levy Moreno, que acreditou que ao unir as bases teóricas do teatro com as bases da psiquiatria, chegaria a um método terapêutico que utilizasse a dramatização como uma forma de fazer o paciente equilibrar o seu emocional com textos improvisados. Levy Moreno acreditava que a inserção da dramatização nas sessões de psicodrama era capaz de estimular os pacientes a expressarem suas emoções e liberar o que há em seu inconsciente, já que o jogo dramático facilita o contato do homem com seus próprios conflitos. O método do Psicodrama trabalha com  alguns conceitos, dentre eles:

  • Espontaneidade:

 “A espontaneidade funciona somente no momento em que surge; pode ser comparado, metaforicamente, à lâmpada que se acende e graças à qual tudo fica claro na casa. Quando a luz se apaga, as coisa permanecem ocupando o mesmo lugar na casa, mas uma qualidade essencial desapareceu”.(Moreno)

O conceito de espontaneidade, segundo Moreno é usado frequentemente de forma equivocada, já que no sentido etimológico, a palavra espontâneo deriva-se do latim “sponte” que significa “de livre vontade”.  Nesse sentido, o médico usa esse conceito no psicodrama para fazer com que o paciente busque em seu interior, em seu inconsciente, o que pode e consegue fazer, para estes serem usados na dramatização, que surge como uma nova situação, onde ele é obrigado a despertar em si a forma mais apropriada de agir, se encontrando, se descobrindo, assim como na metáfora. Dentro do fator espontaneidade, Moreno apresenta a criatividade.

  • Criatividade:

A criatividade, diferente da espontaneidade, está sempre no indivíduo, no entanto, precisa ser despertada.  O conceito da criatividade, dentro do psicodrama, está ligada à capacidade de inventar, de improvisar e de criar.

  • Conservas culturais:

As conservas culturais servem para preservar valores de uma determinada cultura, e à estas é dada a função de um produto findado que conquistou uma qualidade praticamente sagrada, porém, a função criadora é despertada e lança uma nova espontaneidade.

“A luta contra as conservas culturais é caracteristica marcante de toda nossa cultura; expressa-se de várias formas na tentativa de escapar destas conservas. Este esforço de escapar do mundo-conserva parece tentativa de retornar ao paraíso perdido..” (Moreno, 1992, p. 149)

  • Cristalização:

A cristalização dentro do Psicodrama pode estar relacionado à recriação, adaptação. Trata-se de forma ou outra, da capacidade de um indivíduo misturar diferentes papéis dentro de uma cena adaptando-os com suas experiências guardadas. A partir do momento em que o paciente se permite ser psicodramaticamente espontâneo, quando através da ação ele integra pensamento e emoção, as suas experiências e contradições são evidenciadas e compreendidas. 




Danielly Gonçalves Oliveira


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gestalt

Vaso de Rubin, exemplo de Gestalt
O termo gestalt é de origem alemã e não tem tradução perfeita para a língua portuguesa, mas define o processo da mente de dar forma a tudo o que vemos, por isso é chamada também de Psicologia da forma,  que tem como um dos principais representantes Max Wertheimer. Essa psicologia existe desde o século XX, trabalhando com dois aspectos:


  • Supersoma: Critério que defende a ideia de que não podemos conhecer o "todo" de um objeto por meio de suas partes, mas as partes por meio do conjunto;
  • Transponibilidade: Conceito que diz que independente dos elementos que compõem determinado objeto, o que sobressai neste é a sua forma.


Danielly Gonçalves Oliveira

domingo, 10 de junho de 2012

Behaviorismo


O termo Behaviorismo, traduzido da língua inglesa, pode ser compreendido como conduta ou comportamento. Behaviorismo é a união de todas as teorias psicológicas que tem como objeto de estudo o comportamento dado pelo estímulo do homem frente às situações em que se encontra o mesmo.
Há vários tipos de Behaviorismo. Comecemos falando do clássico:
Vertente iniciada com o artigo Psychology as the Behaviorist views it, de John B. Watson, muda o foco da psicologia, apresentando-a como estudo das ciências naturais, onde teria que prever e controlar os instintos humanos, tendo que abandonar, assim, os estudos dos processos mentais. Watson era um defensor da importância do meio na construção do indivíduo e nunca negou a existência dos processos mentais. Ele dizia que todo comportamento podia ser moldado, mas vários não puderam. Em função de quebrar essa vertente, nasceu o behaviorismo Mediacional, onde Edward C. Tolman apresenta uma teoria do processo de aprendizagem sustentada pelo conceito de mapas cognitivo e relações estímulo-estímulo formadas nos cérebros dos organismos. Tolman aceitava os processos mentais e os usava como objeto de pesquisa, diferente de Watson. Para ele, o comportamento é a intenção de alcançar algum desejo do organismo, que permanece até que o objetivo seja alcançado. 
Em 1943 surge uma nova vertente do comportamentalismo com  a publicação de Clark L. Hull, que defendia  a tese de um estudo do comportamento baseado nas variáveis mediacionais. O behaviorismo filosófico é a análise dos pensamentos e conceitos como influências do comportamento.
Logo depois do filosófico, aparece o behaviorismo metodológico, o qual vê o comportamento somente como respostas públicas do organismo.
O behaviorismo radical surge não como uma pesquisa, mas como proposta filosófica do comportamento do indivíduo, onde Burrhus F.Skinner diz que o comportamento não é definido por associação entre estímulo e resposta, mas pela probabilidade de um estímulo se seguir à resposta condicionada. Esta última vertente do behaviorismo foi e ainda é muito criticada, porém muitos dos preconceitos quanto às ideias de Skinner são furto da ignorância de quem as critica. O behaviorismo skinneriano, hoje, é o mais popular, se não o único, behaviorismo ainda vivo. 

Danielly Gonçalves Oliveira